domingo, 30 de outubro de 2011

Entrevista com o Leitor: Bruno Luiz






Mais uma novidade no Blog. 

Nossas obras literárias só permanecem vivas se houver, em algum lugar do mundo, alguém que abra as páginas daquilo que um dia foi apenas um sonho. Toda história, para ser contada, escrita ou interpretada, deve ter um coração receptivo àquilo que queremos mostrar.

Baseado nisso entra no ar a coluna "Entrevista com o Leitor", personalidade essa tão importante para nós e que raramente é visto em uma posição de destaque.

Essa coluna contará sempre com a ajuda de um leitor e, como recompensa, receberá alguns mimos em sua casa. Os mimos serão: Marcadores de página, folhetinhos, um cartãozinho personalizado e o primeiro capítulo do segundo livro da série "O Portal", ainda inédito. Mas tem que prometer que irá guardar segredo!

Na estreia da coluna, o meu convidado especial é: BRUNO LUIZ




1) Do que mais gostou no livro "O Portal"?

Bom, complicado, gostei de várias temáticas abordadas, mas o que mais me chamou atenção foi que mesmo sendo um livro de ficção, tinha muitos elementos reais, como a importância da família, dos amigos, do trabalho, de vencer, dar voltar por cima, abordados de forma natural, simples e objetiva.


2) Qual é o seu personagem preferido? Porque?

Boa pergunta, hummmmmm, não sei se é meu preferido, porque raramente me apego a um personagem, até mesmo porque em "O Portal" é possível se identificar com vários personagens. Mas o que me que me chamou muito atenção foi o Robert (nem lembro se é assim que se escreve), batalhou, foi atrás, mesmo no inicio a vida não sendo gentil com ele, continuou indo atrás do que realmente queria, sem contar que ao longo do livro vemos o quanto ele cresceu como pessoa, profissional, pai e marido. E não é clichê, hoje o maior exemplo que podemos dar a quem estar começando é que nunca se deve parar de crescer e sempre melhorar como pessoa.  


3) Para você, no primeiro volume, qual o gênero que mais se destacou: Romance ou suspense?

Sem dúvida o romance, e o maior suspense é saber quem Lizzie vai escolher. Kkkkk



4) Qual livro está lendo no momento? Indicaria este livro para outros leitores?

Estou lendo Dexter - Designer de um assassino. O titulo parece forte, mas quem conhece sabe o quanto a Série Dexter é tranquila. Recomendo sim, é um ótimo livro, meu interesse de ler este livro veio da série de TV, mas o livro é muito bom, mas admito que prefiro a série da TV.


Por fim deixo um grande abraço e parabéns pela iniciativa, assim como eu, aposto que tem muitas pessoas que admiram seu trabalho dispostas a falar um pouco, e esse feedback é muito produtivo. Antes que me esqueça, já estou ansioso pelo segundo livro \o/. 



Beijos Bruno! :*)


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Treze dicas para o escritor



Você escreve bem?
Se a resposta para a pergunta acima é “não”, você já parou para se perguntar o porque disso? Muitas pessoas simplesmente sabem que não escrevem bem e não fazem nada para mudar isso.
Ninguém nasce sabendo! Se você quer escrever bem e gostaria de mudar a sua situação, aqui vão algumas dicas rápidas que podem te ajudar no meio do caminho:
1.    Escreva muito.
2.    Leia muito.
3.    Agende um horário para você escrever.
4.    Procure comunidades de outros escritores.
5.    Para textos com muitas páginas, um esboço é fundamental.
6.    Não desista logo de uma idéia que não está funcionando. Faça ela funcionar!
7.    Sempre leve consigo um bloquinho de notas.
8.    Seja liberal com seus rascunhos. Escreva o que quiser e se forem numerosos, numere-os.
9.    Reduza, reuse, recicle.
10. Guarde sempre uma cópia do seu trabalho.
11. Se você está escrevendo sobre fatos, salve e organize suas citações.
12. Bons escritores nunca estão plenamente satisfeitos com seus textos.
13. Se entitule “escritor”.






Fonte: lifehack.org


Concurso Nacional Novos Poetas





Prêmio Poetize 2012

Concurso Nacional Novos Poetas

Inscrições Gratuitas
até 05 de novembro de 2011

Para mais informações acesse: http://www.premiopoetize.com.br/


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entrevista para o "Devorador de Letras"


Um bate-papo descontraído com o querido blogueiro Marco Antônio. 

Nos fale um pouco sobre você.

Falar de nós mesmos é sempre uma tarefa difícil. Sou uma pessoa que acredita em finais felizes, adoro chocolate, coca-cola e sempre que possível, estou sorrindo. Adoro conversar com meus leitores, trocar idéias, palavras de incentivo. Tento dividir meu tempo entre as coisas que mais amo fazer: escrever, ilustrar, ler e atender crianças no meu consultório. Sonhar é essencial para que eu continue vivendo e finalmente, sou viciada em abraços.


Qual foi sua inspiração para escrever o livro?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mensagem da Semana: Torne-se oceano.







"Diz-se que mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada... os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua  frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. 
Voltar é impossível na existência.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano,  mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.  Assim somos nós, voltar é impossível,,, mas você pode ir em frente e se arriscar.

Coragem... Avance firme e  torne-se oceano." 

Osho

Esperança




Certa vez fizeram uma experiência. Colocaram ratinhos em uma tina cheia de água, sendo que eles teria que nadar se quisessem sobreviver. Depois de longas horas nadando, alguns iam parando devido ao cansaço e acabavam morrendo afogados. Porém com um deles, quando o mesmo estava quase desistindo de nadar , o cientista pegou uma madeira e colocou embaixo de seus pés, dando-lhe apoio. Após algum tempo esse apoio era novamente retirado. Esse ratinho, achando que havia finalmente conseguido a salvação começava a nadar novamente e assim permanecia lutando pela sua sobrevivência pelo dobro do tempo.

Chamaram esse pedaço de madeira de "esperança".


A esperança nada mais é que a sensação de que as coisas vão ficar bem no fim, de uma maneira ou de outra. Permanecer sempre nadando, mesmo quando as pernas doem, exige de nós fé, esforço e ajuda.A esperança tem várias faces...hoje eu sei. Pode não vir daquele caminho que esperamos, mas ela está sempre à nossa volta, seja no sorriso de alguém, seja no amanhecer frio e nublado...Ela sempre vai tocar nossos pés para nos dar força e nos fazer continuar sempre em frente, nadando sempre, até o dia clarear.


"A esperança se adquire. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora." (Georges Bernanos)

Dez dicas preciosas para o escritor




Facebook. Hoje nomeia toda uma geração, a “F”, que segundo pesquisas, prefere estar conectada às redes sociais do que ter uma namorada ou mesmo um carro. Mais do que um lugar para “fazer amigos”, e aqui deixo entre aspas na dúvida a respeito do que é ser amigo no século XXI, o site já conta com 750 milhões de usuários. Hoje, se fosse um país, Facebook ultrapassaria os Estados Unidos e se tornaria a terceira nação mais populosa do planeta, atrás apenas de Índia e China.

A receita da empresa na primeira metade do ano praticamente dobrou para 1,6 bilhão de dólares, por conta do apelo da maior rede social do mundo por publicidade. Com todas as atenções voltadas para um mercado “virtual” que cresce feito grama, e a necessidade de ganhar um lugar de destaque no “mural do mundo”, o evento RioMarket 2011 nos abrilhantou com a presença do ilustre Jon Fougner, diretor de marketing do Facebook.
Um rapaz com a juventude de seus 28 anos, criatividade e um carisma peculiar, falou durante uma hora sobre o potencial da ferramenta para o nosso produto, onde pessoas como nós, meros mortais, pudéssemos tirar o melhor proveito da rede social para divulgar nosso trabalho.

Dentro das dicas dadas por ele, acrescentei algumas que julguei necessárias. Bem, aqui vamos nós. Diretamente do topo da pirâmide:

10 dicas de como divulgar o escritor no Facebook

1- Crie uma Fan Page
As páginas de “perfil” permitem apenas o cadastro de 5.000 amigos. Claro. Ninguém tem 5.000 “amigos”. Você pode ter fãs, parceiros, interesses em comum e por esse motivo o número se encerra com esses dígitos. No começo, quando tudo ainda era um sonho, não se imaginava o potencial de marketing da ferramenta, portanto, para que você possa agregar quantos fãs quiser, crie sua página de “curtir” ou Fan Page. Agora pode parecer piada, com apenas 8 pessoas curtindo seu nome, mas em um futuro bem próximo as coisas podem mudar e você não vai ter tempo para administrar seu perfil I, II, III...


2- Comece cedo
Antes mesmo do seu livro ser lançado, comece a falar dele no Facebook. Desperte a curiosidade falando dos personagens, da história. Essa é uma ferramenta muito utilizada com filmes e seriados de TV. Os resultados são magníficos.


3- Faça um site
É essencial que você tenha um site onde as pessoas possam colher mais informações a seu respeito. Hoje, com a facilidade dos blogs e com ferramentas de construção de sites, não é impossível ter o seu espaço na internet. Cuidado com o conteúdo, com a clareza das imagens passadas e faça com que tenha a sua cara. Ali o espaço é seu! Não se esqueça de abrir o link “curtir”, assim os dados vão fluir de uma plataforma para outra. Seu site alimenta o Facebokk e vice-versa. 

4- Converse com seus fãs
Não existe nada mais prazeroso que estreitar os laços com as pessoas que curtem seu trabalho. Troque ideias, ofereça ajuda, converse. Mas cuidado. Isso deve ser natural. Se você não gosta muito de conversa, responda com educação e poucas palavras. Seja autêntico. 


5- Use fotos e vídeos
Imagens falam mais que mil palavras... hum... ditado antigo mas verdadeiro. Escolha bem as imagens que irão "falar" do seu trabalho. Bom gosto, nesse caso, é essencial. Esbanje com vídeos a respeito do tema tratado, entrevistas. O Youtube está aí para isso! Abra um canal, faça seus próprios vídeos, seja criativo e compartilhe!


6- Atualize
Sempre. Nunca se esqueça do seu Facebook, do seu blog... Quem não é visto, não é lembrado!


7- Faça Parcerias
Em um mundo cada vez maior e mais competitivo, agregar sempre ajuda e o Facebook tem usuários suficientes para qualquer que seja o seu interesse. Crie vínculo com escritores, com comunidades que tratam do assunto abordado no seu livro, faça parcerias com pessoas que já possuem um canal no YouTube, converse com editoras, pessoas ligadas ao mundo literário, com amigos. Várias cabeças pensam melhor do que uma. Ideias novas irão surgir dessa parceria.


8- Use seu site
Mais uma vez, não deixe seu site desatualizado pelo simples fato dele ser um site. Faça uma constante atualização de imagens, de links. Ficará espantado com a quantidade de pessoas que irão retornar para ver suas atualizações. Utilize as redes sociais para anunciar cada novo dado inserido. É de graça!


9- Dê um motivo para curtir sua página
Porque devo curtir sua página? Essa pergunta foi feita pelo próprio Jon Fougner. Porque eu deveria seguir seu livro, ou mesmo, você? Pense a respeito disso... Seguir alguém por amizade é um bom começo, mas queremos mais do que isso.


10-Segmente seu público.
Se você escreve livros infantis e criou uma Fan Page para isso, não vá compartilhar conteúdo adulto. Para isso é importante que você abra uma página para cada trabalho se eles divergirem no público alvo. Segmentando seus leitores você irá conseguir mais seguidores oferecendo em sua página “curtir” o que eles querem saber.
Mas cuidado para não excluir...


Jon Fougner ainda cita a poderosa arma de marketing do Facebook. Anuncie!
Claro... Essa dica não poderia faltar!


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Concurso Literário - Biblioteca Nacional premia os melhores autores brasileiros


Estão abertas as inscrições para o Prêmio Literário Fundação Biblioteca Nacional 2011. Até o dia 24 de outubro, os escritores interessados registram suas obras de acordo com a sua categoria, divididas em oito opções: Poesia, Romance, Conto, Ensaio Literário, Ensaio Social, Tradução, Projeto Gráfico e Literatura Infantil e Juvenil (segue abaixo as descrições das categorias). Cada autor só pode concorrer em uma categoria e no máximo com três títulos. Caso a obra tenha mais de um autor apenas um deles poderá fazer a inscrição.

O prêmio, realizado desde 1997 pela Fundação Biblioteca Nacional, é uma forma de reconhecer e apoiar não apenas os melhores livros brasileiros, mas sim aqueles que motivam e engrandecem a literatura nacional. Além das placas comemorativas, cada categoria premia a obra vencedora em 12.500 reais.

Para concorrer, o livro deve ser inédito (1ª edição), publicado em português e no Brasil entre 1º de setembro de 2010 e 31 de agosto de 2011. É obrigatório estar em dia com a Lei do Depósito Legal (Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004) e possuir número de ISBN (International Standard Book Number).
Não existe nenhuma taxa de inscrição.

Descrição das Categorias

Romance: Narrativa ficcional longa.

Conto: Narrativa ficcional curta.

Poesia: Expressão textual lírica que utiliza efeitos linguísticos sonoros, rítmicos e harmônicos, escritos em prosa ou verso. Atividade criativa da linguagem, com base em recursos sintáticos, vocabulares e gramaticais. 

Ensaio literário: Textos que apresentam ideias e reflexões a respeito de teoria, interpretação e crítica literária. 

Ensaio social: Textos que apresentam ideias e reflexões a respeito de um tema, como História, Filosofia, Ciências Sociais, Política, Sociologia e Antropologia. 

Tradução: Obras literárias (romance, conto, poesia, crônicas) traduzidas de outros idiomas para o português do Brasil.

Projeto gráfico: Conjunto da criação e disposição de elementos gráficos e textuais no livro – capa, tipologia, arte, fotos, imagens, cores, formas, texto, diagramação, papel e impressão.

Literatura Infantil e Juvenil: Obras de conteúdo ficcional, podendo ou não conter elementos de não-ficção, que abordam temas e assuntos destinados ao público infantil e juvenil.  


Informações também pelo telefone (21) 2220-2057 e/ou pelo e-mail cgll@bn.br.  


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mais uma dica valiosa!


Quando não estou escrevendo e trocando ideias valiosas com meus queridos leitores, gosto de procurar artigos, dicas e experiências pelo vasto mundo da internet. Assim, além de conhecer outros amigos de profissão, ainda aprendo muito. Por esse motivo, vou compartilhar com vocês um artigo muito interessante publicado no site da Scostt Publishing


Espero que os novos escritores desfrutem tanto quanto eu!

Mostre, não conte.

"Onde quer que vá,conferências de escritores, feiras, salas de aula da faculdade, grupos de escritores ouvem esta máxima da escrita. “Mostrar” é geralmente considerado como o uso de detalhes vívidos e que envolvem os sentidos. Portanto, pinte um retrato brilhante descritivo para os leitores: a riqueza de uma paisagem, o choque de uma decepção em um novo casamento, os fogos de artifício de raiva ou ódio entre os personagens A e B. “Contar” é geralmente considerado como a ausência de narrativa detalhista insípida. Só serve para explicar o que está acontecendo na história: quem está se relacionando com quem, onde a cidade está localizada, como o personagem C ganhou um apelido, e assim por diante. 

Nenhuma dessas caracterizações está totalmente correta. “Mostre, não conte” é uma diretriz e não uma regra. “Mostrar” pode na verdade revelar o personagem e a trama de uma forma dinâmica. No entanto, “Contar” muitas vezes pode fazer a mesma coisa, desde que você encontre as palavras certas. Mostrando e Contando são igualmente técnicas descritivas poderosas e importantes. Antes de explorar as suas possibilidades, vamos rever as suas diferenças.

Qual é a diferença?

Mostrar e Contar são o coração e a alma da descrição, mas muitos escritores inexperientes têm dificuldade em discernir a diferença entre eles. O exemplo a seguir deve dar-lhe uma boa idéia de como essas técnicas são diferentes. Imagine que você tenha criado um personagem pouco timida chamada Alice, a quem você apresentar através da técnica de “dizer”:

Versão-um de CONTAR: Alice era uma jovem tímida que parecia um rato. Ela foi baixa e magra, com cabelos castanhos, olhos pequenos e um rosto pontiagudo. Ela sempre espiava porta adentro antes de entrar em uma festa, dando-se a chance de fugir, caso ela não visse ninguém que conhecia.

Agora tente esta introdução novamente, desta vez utilizando a técnica de “mostrar”:
Versão dois Mostrando: Alice pairou na porta do apartamento de Ronaldo, queixo levantado, pés minúsculos equilibrada em seus dedos. Ela olhou para dentro, diminuindo a intensidade do som novo de Ronaldo. Ela respirava rapidamente, seus olhos negros corriam para trás e para frente, como se para manter seu rosto em movimentos pudesse impedir que ela caisse. Quando ela finalmente viu Ronaldo sorrindo se aproximando, ela correu para a taça de Punch e seus sapatos baixos fazendo um som de arranhar a madeira polida.

Na versão Um, você diz aos leitores que Alice parece e age como um rato; na versão dois, você a mostra em atitude de um camundongo: olhos negros, rosto tremendo na ponta dos pés, som de sapato se arrastando no assoalho.

Cada versão é bastante útil, mas cada um também vem com problemas em potencial. Na versão Um, a descrição de Alice é precisa, mas superficial: tímida, cabelos curtos e castanhos, olhos pequenos. A passagem nos induz a imagem de “espreitar” atrás da porta, em seguida, perde o folego novamente com uma explicação lenta: “dando-lhe uma chance de fugir…” Os leitores não podem realmente “ver” Alice aqui. Você está fazendo uma pausa para dizer-lhes algo sobre Alice para que a próxima parte da história faça mais sentido. Quando finalmente Alice entra na festa e se esconde atrás de um vaso de plantas, os leitores entendem porque ela está fazendo isso: ela é tímida como um camundongo. Esta explicação é boa, por enquanto. Você não cometeu necessariamente um erro ao “contar” aos leitores como Alice se parece. Mas se as descrições subseqüentes tomam a mesma forma (Reginaldo era alto e triste e parecia um ganso; Evelyn parecia uma galinha depenada e tinha um temperamento para combinar), sua prosa vai começar a parecer plana e expositiva. Você está explicando muito na frente, ao invés de deixar os personagens se revelam através de suas palavras e ações. Os leitores vão se sentir como se estivessem assistindo personagens em uma tela, ou folheando fotografias de personagens, ao invés de entrar na história e habitar o mundo dos personagens.

Na versão Dois, por outro lado, você permite que os leitores entrem no mundo de Alice. Podemos sentir o nervosismo dela por causa do movimento e do som na descrição: ela fica na ponta do pés, paira,arranha o assoalho e se encolhe. Novamente, não há nada de errado com essa passagem. Na verdade, ela retrata tão vividamente Alice que podemos facilmente imaginar-nos na porta da festa com ela. Mas cuidado com este tipo de “mostra”. Não exagere. Dependendo do que acontece a seguir na história, você pode se prolongada por muito tempo na porta. Talvez Alice não seja o personagem principal e tudo que for mostrado ficará nos holofotes, longe de alguém mais importante. Além disso, mostrar muito pode começar a parecer auto-consciente, como se você estiver brandindo o seu arsenal de símiles e metáforas apenas em partes. Seus personagens podem até desaparecer no processo. Não deixe que seu estilo de prosa sobrecarregue a história que queira contar. Muito a “Contar” pode achatar a sua história. “Mostrar” demais pode subjuga-la. O que um escritor consciente deve fazer?

Uma combinação de ambos.“Mostrar” e “Contar” geralmente produz a melhor descrição:
Combinação: Alice parou à porta do apartamento de Ronaldo, com todo auto-controle de um rato do campo. Com as mãos entrelaçadas na cintura, ela ficou na ponta dos pés e espiou para dentro para ver quem ela poderia conhecer.

A razão pela qual a combinação funciona muito melhor é que um pouco de “Contar” faz a prosa parecer menos difícil. Ao citar a analogia do rato no início, você pode dar a Alice qualidades mais sutiis. , a frase “auto-controle de um rato de campo” sugere um monte de outras qualidades de um camundongo: nervosismo, vigilância, furtividade, . Você não tem que “mostrar” cada um delas. Um par de pequenas mãos postas, postura na ponta dos pés, nos pinta um quadro quase completo. Não negue a seus leitores o prazer de preencher alguns detalhes próprios."

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